7. CEP Controle Estatistico do processo

O que é e qual sua importância na gestão dos processos industriais

            Todos os processos produtivos geram saídas que devem estar dentro de limites pré-definidos, e todos os processos têm algum grau de variação. O Controle Estatístico do Processo (CEP) permite conhecer e controlar a variação dentro de um processo, possibilitando correções antes que a variação desencadeie defeitos e, com isso, a adoção do CEP torna-se determinante na redução dos custos, na melhoria da qualidade e no aumento da produtividade da indústria.

            O CEP é utilizado para melhor entender as variações dos processos, atuando de forma estratégica na análise dos dados coletados, por exemplo, de sistemas de execução da manufatura / MES (Manufacturing Execution System) e inclui conceitos tais como Six Sigma, que envolve DMAIC (Definir, Medir, Analisar, Melhorar e Controlar), QFD (Quality Function Deployment – Desenvolvimento de Funções de Qualidade) e FMEA (Failure Modes and Effect Analysis – Modos de Falha e Análise de Efeito).

Porém, apenas o controle não é suficiente. O processo precisa melhorar continuamente, reduzindo a sua variabilidade, pois a qualidade e a produtividade aumentam à medida que diminui a variabilidade e, como todas as coisas variam, métodos estatísticos de controle de qualidade devem ser utilizados para a compreensão das causas da variação.

            Os princípios de CEP como ferramentas de monitoramento dos sistemas foram estabelecidos pelo Dr. Walter A. Shewhart, que definiu o controle estatístico da seguinte forma: “Um fenômeno está sob controle estatístico quando, através do uso da experiência do passado, podemos prever como o fenômeno irá variar no futuro”. Shewhart trabalhava no Departamento de Engenharia de Inspeção da Western Electric Company (de 1918 a 1924) e no Bell Telephone Laboratories (de 1925 a 1956), e suas pesquisas em controle estatístico de processos de produção industrial foram resumidas em suas primeiras publicações (Shewhart, 1931). Posteriormente ampliadas, as aplicações CEP alcançaram medições científicas e processos da indústria e comércio (Shewhart, 1939), com impacto profundo sobre métodos estatísticos em ciências comportamentais, biológicas e físicas, bem como na engenharia em geral.

Métodos estatísticos fornecem os meios para quantificar a saída esperada dos processos de produção, sendo fundamental a confiabilidade dos equipamentos de coleta, transmissão e gestão, principalmente no chão de fábrica. E nesse cenário de monitoramento, as informações utilizadas em CEP sempre convergem para a análise da variabilidade.

            Variação do processo é algo natural em todos os meios de produção e cada processo apresenta níveis de variação inerentes. Se uma amostra específica surge com grande variação, poderá ser considerada anormal ou, então, dentro do esperado para aquele sistema. Os limites de controle, quando aplicados, removem essa subjetividade da decisão, definindo, de forma clara, qual seria o grau de variação natural (intrínseco) do processo.

Essa capacidade, através do CEP, de reconhecer a variação como um processo de mudança e não apenas uma variação aleatória de um processo considerado estável, fornece informações valiosas sobre a dinâmica dos processos como um todo, levando à redução global da variação e, como resultado, o aperfeiçoamento dos processos de produção e a melhoria contínua na qualidade dos produtos fabricados.

           O sistema CEP-DA, desenvolvido pela Directa Automação, promove a automatização da metodologia de controle estatístico do processo de acordo com as normas QS-9000 e ISO/TS 16949, oferecendo, em tempo real, registro de medições, cálculos de índices estatísticos e análises de tendência.

Instrumentos de medição, como balanças, paquímetros, micrômetros, colunas de medição, leitores de código de barras, etc., podem ser interligados ao sistema e o registro de medições pode ser feito de forma manual ou automática.

A utilização do CEP-DA garante inúmeros benefícios, dentre os quais destacam-se a redução nas variações do processo e nas perdas de produção (refugo e/ou retrabalho), aumento nos níveis de garantia e qualidade, facilidade ao acesso e confiabilidade das informações. Um sistema completo e eficaz, que atende aos requisitos das principais normas de qualidade.

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